domingo, 27 de dezembro de 2009

A persistência da traição


Quem poderia imaginar que a própria tecnologia seria capaz de dizimar o seu próprio dono, com provas verdadeiramente cabais contra o mesmo?
A privacidade está cada vez mais difícil, à medida em que o mundo se moderniza. Tem até gente sendo restreda por GPS...Há câmeras escondidas, caneta espiã, dentre vários outros recursos tecnológicos.
Mas a minha abordagem do dia é sobre a traição.
Mas, por outro lado, junto a ela tem um outro fato, não menos insuportável que é a invasão de privacidade.
Um erra porque trai, mas o outro erra também quando vasculha a intimidade alheia.
Você já deve ter ouvido falar sobre o que aconteceu com aquele renomado jogador de golf?

"Pegos pelo celular
As mensagens de texto são a mancha de batom no colarinho de outros tempos. Do taxista a celebridades como o jogador de golfe Tiger Woods, ninguém está livre de ter um affair confirmado após deixar um rastro eletrônico"


leia mais em http://portal.rpc.com.br/gazetadopovo/viverbem/conteudo.phtml?tl=1&id=957993&tit=Pegos-pelo-celular

Pois é, caro leitor. Em tempos modernos ainda tem muito ser humano se dizimando por um fato mais antigo do que a pré-história.
O homem evoluiu e esse problema relacional o acompanhou até hoje.
Tenho uma outra maneira de encarar isso:com o amor próprio!
Isso falta em muita mulher principalmente.
Tem gente que para de viver a própria vida e passa a ser um verdadeiro detetive dos passos do companheiro. E há quem vá mais além: se descobrir é capaz de um verdadeiro vexame ou até mesmo de um homicídio.
Que que é isso, gente?
Vamos sujar feio o nosso nome só por raiva, por vingança?
Hoje em dia só fica com quem não se quer, quem é burro.
Estudo e trabalho é muito importante na nossa vida.
O relacionamento não deu certo? Cada um vai pro seu lado e se sustenta, uai.
Mas, pensando bem, bem mesmo, não precisamos ter contato ao vivo e à cores para que configuremos uma traição.


Tem traição pior do que aquela mulher que vive com um homem -não o trai- mas vive pensando em outro?, Hum?
É pura perda de tempo sofrer com isso.
Precisamos nos amar mais, antes de amarmos qualquer outra pessoa.
Agora, nós mulheres principalmente, temos alguns truquinhos para retardar ou evitar o acontecimento: carinho, compreensão, conversa. A mulher precisa se cuidar, ser cheirosa, fazer por onde ser admirada. E ainda mais, ter sensibilidade para saber quando as coisas não andam tão bem no relacionamento e tomar alguma providência, não é?Ou tento resgatar o que está se esvaindo ou coloco um ponto final na relação. É necessário ter um bom enfrentamento para a situação e não tapar o sol com a peneira.
Quem não é acessível ao diálogo, só fala em problemas, não cuida da própria vida e é relaxada, é uma fortíssima candidata a adquirir vários galhos na cabeça. E olha que nem precisa fazer concurso!É puro merecimento mesmo!
Ái, ái...
Nada contra quem é traído. Lógico que toda ação tem uma reação.
O verdade é que muitas vezes "quem procura acha".
Por outro lado, há traidor descarado e que não tem um pingo de consideração pelo perceiro: faz em público mesmo, sem cuidado algum. Mas o pior quando não usa preservativo. Ah, esse cidadão ou cidadã merece mesmo um sonoro e dolorido chute no traseiro. Até para isso precisamos ter classe. "-Suma da minha vida! Se você não me respeita, não merece ficar mais ao meu lado".
É...mas também não precisa sair por aí e pegar a primeira pessoa que vem pela frente para se vingar. Aí que algumas pessoas erram. Para quê? Isso é uma verdadeira auto-agressão!
Resumindo, traição suscita muitas palavras e serem refletidas: invasão de privacidade, desrespeito, mau caratismo, falta de amor próprio, sentimentos divergentes, inspeção, falta de sensibilidade, insensatez, promiscuidade, espírito animalesco, vingança...tudo de ruim, não é?
O fato é que só não corre o risco quem não se relaciona. E o relacionamento a dois é um dos prazeres da vida. Melhor correr o risco e viver do que se fechar para o mundo e apenas sobreviver.

sábado, 26 de dezembro de 2009

Somos responsáveis


Não adiante ficarmos falando mal dos nossos líderes, dos governos, se não nos enxergamos. O saneamento básico é mínimo, sim. Mas pioramos mais a situação com a mau educação coletiva!
Antes de tentarmos mudar os outros, precisamos mudar a nós mesmos!Aprendi isso tanto no catolicismo quanto no espiritismo.
Porque tem tanto lixo na rua e tanto bueiro entupido?
Porque tem rios poluídos, o nosso ar é colorido e os nossos alimentos são contaminados, hein?
Muita dessa responsabilidade é nossa mesmo!
Falta-nos higiene, consciência e bom senso.
Precisamos refletir sobre os nossos pequenos procedimentos diários.
Já vi um comentário idiota: "-Ah, se eu não sujar, o gari não vai ter o que fazer..."
O que que é isso, gente?
Tá certo que às vezes o carro do lixo demora a passar...mas preste atenção ao redor: garrafas, fraldas usadas, animais mortos...como foram parar no meio fio, no meio da rua? É lógico que foi algum porco fedido que jogou. E um detalhe: as crianças são produto do meio. Aprendem com facilidade o que os adultos fazem.
Porque algumas das nossas latinhas dão leptospirose? Porque tem gente que fica à beira da morte após ingerir um simples lanche na rua? Imundice, falta de asseio e responsabilidade...Se houvesse uma maior fiscalização sobrariam poucos vendedores ambulantes e carrinhos de lanche - grandes estabelecimentos também engrossam esse caldo de imundice.
Isso pode ser até visto como egoísmo: "-O melhor para mim é a lei do menor esforço e baixo custo. Tô nem aí...".
É gente...o sujo falando do mal lavado.
Temos que nos olharmos, melhorar a nossa auto-crítica.
É muito fácil apontar culpados, muito mais cômodo do que investigar os reais vilões. Investigar dá trabalho, e a carapuça pode caber em mim mesmo, não é?
Os governantes erram e nós erramos! Não basta melhorias só num lado da moeda.
Enquanto isso, continuamos passando vergonha e vivendo de maneira inadequada e perigosa para a saúde de TODOS!

Profissional valorizado


Aqui em Belém temos muitos profissionais qualificados para proferir palestras e cursos ou eventos científicos similares.
Lógico! Muitos são praparados fora de casa, são estudiosos! E além do mais nosso estado não está nada mal na questão bibliográfica. É muita publicação que chega aqui rapidinho, às vezes até primeiro do que em outros estados!
Mas os eventos são mais chamativos quando se vê o nome de pessoas que vem de fora.
Essas pessoas recebem passagem, hospedagem e às vezes até são pagas pelo evento. E mais, são levadas a conhecer os principais pontos turísticos. Nada contra esse cortejo todo.
Mas o problema é que vários profissionais daqui, que certamente tem muito mais conteúdo e poder de repasse, ganham meramente um certificado.Ts, ts,ts...
Que valorização profissional aos de casa, hein!!!
Os daqui da terra dificilmente são remunerados e não ganham nem a metade das regalias dos convidados de fora.
É logico que não podemos generalizar, tem bastante profissional bom em outros estados, mas o caso é que tem muita "prata da casa" que é um verdadeiro show e que algumas vezes é mais valorizado fora do que aqui mesmo.
Eu conheço vários ícones paraenses de diversas categorias profissionais.
Às vezes eu não entendo o porque de não serem convidados a determinado tipo de evento.
E aquele paraense que cobra para proferir pelestra ou alguma outra regalia, é chamado logo de "estrela" e colocado para escanteio. Que coisa chata...
Quem gosta de difundir seus conhecimentos certamente não gosta de ter os mesmos retidos.
Então, o que acontece? Sujeita-se!
-"Ah, fulano, de novo?...". Mas vai chamar um de fora que não sabe repassar ou que não sabe nem um pouco da nossa realidade, vai...
Quero ver o que vais aproveitar na tua vida profissional.
Fica a reflexão.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Hoje trabalhei assim




Pela ordem, apresento três grandes amigas do coração, de baixo para cima: Dra. Márcia Pina (médica), Dra. Priscila Vasconcelos (Enfermeira) e Dra. Maria Lina Pantoja (enfermeira).
Quero tornar público o fatos de que as amo de paixão. São pessoas diferentes e muito, mas muito especiais.
Riram bastante de mim quando me viram toda caracterizada.
Como não estou nem aí, trabalhei a manhã toda desse jeito. Mas para os procedimentos, vesti o jaléco e me paramentei, é lógico.
Os pacientinhos adoraram, e é isso que vale de verdade!
Feliz natal para todos!

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Caos na Sáúde




Trabalho em saúde pública e posso dizer que as coisas vão de mal a pior.
O povo está mal informado, nervoso, mal servido e doente.
Às vezes a pessoa passa meses aguardando uma consulta e quando chega...o médico não veio! Vai para a imensidão de uma fila remarcar pára "sabe Deus quando".
Que sofrimento! E o tal de TFD? Tem usuário que aos trancos e barrancos gasta até mesmo o que não tem, porque se dependesse do mesmo... Tem município em que o cliente é muito mal orientado sobre esse benefício. E tem funcionário que não facilita nada. Que parece que foi treinado para dificultar a vida do cidadão.
Já pensou, pegar uma solicitação de exame incompleta? Ou um receituário de medicação controlada sem carimbo? São pequenos detalhes que fazem da vida de doentes e familiares um inferno, uma via crucis!
Já vi paciente mal orientado passar horas viajando e chegar no destino completamente errado.E detalhe, às vezes só com o dinheiro de volta, sem um tostão para se alimentar!
De tudo se vê. Às vezes a consultas vão bem, mas não tem aparelho, material ou medicamento para atender o cliente. Que tal?
E tem doença que não espera! Como o câncer. Crianças com leucemia, sem o quimioterápico no momento adequado...tstststs. Que pena.
Dá dó e raiva.
Os usuários, às vezes ainda tem que passar pelo descaso de alguns funcionário, como morosidade no atendimento, falta de respeito e outros.
Tá certo que não podemos dar jeito em tudo, mas convenhamos que para quem tem coração é um horror assistir diariamente é esse drama constante.
São muitos os usuários que chegam de madrugada numa fila para garantir o atendimento.
Isso não é um caos?
Tratamos do sequelado de avc e o mesmo vai para casa, sabe Deus como. Não tem seguimento de atendimento no domicílio. Será que estamos orientando bem o cliente e o cuidador? Ou a pessoa só irá visitar a sua casa e voltar novamente ao hospital, ocupar vaga de outro cliente, mais grave?
E a questão da educação permanente? Estão atualizando os funcionários, avaliando os mesmos, corrigindo erros? E continuamos na cegueira do nosso mecanicismo?
Muitas coisas precisam mudar.
Sonho com a gestão por competências, com a melhora de investimentos para o setor saúde - de verdade e visualisável.
Ainda tenho esperança de umm dia poder trabalhar um pouco mais feliz, sem ter que improvisar, ver injustiças e descasos, poder desempenhar meu potencial atualmente sub aproveitado.
Nós que trabalhamos na área da sáude precisamos de recuros emocionais para não entrarmos em parafuso. Isso a academia não nos oferece. Aprendemos no dia a dia, na assitência diária, às custas de sofrimento mesmo.
Desejo que no próximo ano as coisas mudem pra melhor, pois sem uma atenção à saúde adequada, nós apenas sobrevimvemos!

Meu calendário do ano que vem

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Para morrer basta estar vivo


Essa é uma verdade absoluta.
Perto da minha casa, um pai de família pediu uma pizza pelo telefone. Quando a mesma chegou, ele foi buscar na porta de casa, quando repentinamente uma bala atravessou-lhe a cabeça, causando-lhe morte instantânea. Nem estava doente!
Um policial também morreu semana passada com uma bala bem no meio do rosto, ao enfrentar um bandido que fazia uma mulher de escudo humano. Mas em seguida ele foi morto também.
Michael se foi, assim como Patrick Swayze e não adiantou terem dinheiro.
No mês passado um amigo morreu debaixo de uma van, à caminho do trabalho.
Um outro caso é de um senhos sequelado de AVC que, desorientado caminhava por uma rua, quando foi colhido por uma carro.
Um amigo da minha família na semana passada morreu em menos de 24 horas após ter feito um lanche na rua. Foi fulminante!
Besteira ter medo da morte.
Ela chega repentinamente muitas vezes sem dar aviso.
Somos frutos da seleção natural das espécies, nós que estamos vivos.
O nosso Paizinho do céu faz muito pela gente, mas a maior parcela de responsabilidade é nossa.
Por isso odeio moto, não gosto de comer fora de casa. Não uso drogas, bebo em demasia ou fumo. Faço questão de me desvencilhar de enlatados e curtidos.
A gente se mata um pouquinho a cada dia que passa, "facilitando", como dizia a minha avó.
Não vamos nos enclausurar, nos colocar numa redoma, mas precisamos ser cautelosos, se quizermos durar mais alguns anos.
Vamos ser generosos, vamos amar, trabalhar, curtir, pois a vida é breve. Temos uma data certa para chegar, e outra incerta para ir.

Espírito natalino


O que seria isso?
Eu acho que sei muito bem do que se trata, mas hoje em dia está cada vez mais difícil nos deixarmos envolver pelo mesmo.
Sensação de aconchego, vontade de fazer bondade, abraçar, sair comprando presente pra todo mundo...montar presépio, enfeitar a casa, programar-se para assistir à missa do galo...estar com a família, sentir aquela temperatura friazinha peculiar desse período. Enfim, nos sentirmos bem e estarmos abertos para a plenitude da vida.
Confesso que a cada ano que passa esse clima vai se distanciando cada vez mais.
Nossa vioda louca nos coloca muito com os pés no chão, nos tirando a vontade e a capacidade de sonhar.
Tenho medo de assistir incenações de natal ao ar livre. Nem penso em levar meus familiares. O local pode não ser perigoso, mas o percurso...é assalto, bala perdida, briga...
Estamos num mundo de perdições! Muitos falam na bebida, na comida, em roupa nova e presentes...
Quem quer assistir filmes de natal e religiosos? Quer quer ir para a igreja?
Será que o principal, o aniversariante está sendo lembrado? Será que estamos comemorando o nascimento de Jesus ou estamos nos arrumando para mais uma festa materialista e boba, sem sentido.
Faz sentido fazer questão de roupa nova, de ceia rica e farta? Faz sentido querer encher a cara, ir pra balada, querer folgar a mais, enfim, se preocupar absurdamente em ganhar e dar prersentes?
Deixo aqui essa reflexão para todos nós.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Dicas Importantes:

Pela segunda vez que as recebo por email, e decidi compartilhar. Tem muita coisa que temos direito e não sabemos:
1. Quem quiser tirar uma cópia da certidão de nascimento, ou de casamento, não precisa mais ir até um cartório, pegar senha e esperar um tempão na fila.
O cartório eletrônico, já está no ar! www.cartorio24horas.com.br
Nele você resolve essas (e outras) burocracias, 24 horas por dia, on-line. Cópias de certidões de óbitos, imóveis, e protestos também podem ser solicitados pela internet.
Para pagar é preciso imprimir um boleto bancário. Depois, o documento chega por Sedex.
2.AUXÍLIO À LISTA
Telefone 102... não!
Agora é: 08002800102
NA CONSULTA AO 102, PAGAMOS R$ 1,20 PELO SERVIÇO.
SÓ QUE A TELEFÔNICA NÃO AVISA QUE EXISTE UM SERVIÇO
VERDADEIRAMENTE GRATUITO.
3. Documentos roubados - BO (boletim de occorrência) dá gratuidade - Lei 3.051/98: nos dá o direito de em caso de roubo ou furto (mediante a apresentação do BO), gratuidade na emissão da 2ª via de tais documentos como:
Habilitação (R$ 42,97);
Identidade (R$ 32,65);
Licenciamento Anual de Veículo (R$ 34,11).
Para conseguir a gratuidade, basta levar uma cópia (não precisa ser autenticada) do BO e o original ao Detran p/ Habilitaçãoe Licenciamento e outra cópia à um posto do IFP.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Aconteceu comigo


Como trabalho em hospital, tenho muitas histórias para contar. Mas hoje, relatarei apenas uma, e a pior de todas.
Há alguns anos, estava de plantão noturno nun centro cirúrgico. Uma técnica de enfermagem que trabalha no local há anos, fazia o serviço bem rápido, para que à meia noite fôssemos nos recolher.
Ela disse que não era bom ficar no centro depois de meia noite. Quase ri.
Desci para lanchar e comentei o fato com um outro técnico de enfermagem. Pensei que o mesmo riria comigo, mas me disse que era verdade e que era bom eu ouvir o que a senhora me disse.
Nem dei confiança e falei pra mim mesmo: "-Tá bom, vou já ficar com medo. Vou ficar lá o que é".
Deu o horário e ela veio me chamar. "-Venha logo...tem certeza que ainda não vem?". Foi como um aviso, que só entendi depois que o pior me ocorreu.
Decidi ficar por ali mesmo e me recolher só depois. Passados alguns minutos, vi um vulto passando numa sala operatória, bem em frente ao posto. Comentei comigo mesma: "-Eu, heim...como é o nosso subconsciente...", e comecei a rir e a duvidar. Não passou nem dois minutos e o vulto correu de volta, no sentido contrário. Desliguei a televisão no plug mesmo e foi cegamente para o alojamento, com todos os pelos do corpo arrepiados.
Cheguei correndo e ofegante no local e técnica de enfermagem nem teceu maiores comentários. Com um olhar me deu a entender: "-Eu bem que lhe avisei!".
E quem disse que eu conseguia relaxar?
Passou-se um tempo e passei a ouvir várias coisas. Portas se abrindo, gente varrendo, batendo com cabo de vassoura nas portas de alunínio das salas, e até mesmo choros e gemidos.
Saí algumas vezes para fora do centro cirúrgico para ver se não via nada que justificasse os sons e nada encontrava! Não tinha de onde vir senão do próprio centro cirúrgico! Disso tenho certeza absoluta.
Lembro de tudo comose fosse hoje.
No auge da minha inquietude, a técnica de enfermagem disse: "-Se a senhora não tapar os ouvidos, não vai dormir nunca!"
Perguntei a ela se isso era comum e ela disse que sim, há anos!
Também indaguei se não tinha medo, pois ficava sempre sozinha nos plantões, e ela disse que com o passar do tempo se acostumou, e rezava antes de dormir.
Disse que nem me contaria mais nada pois por essa noite já tive muita experiência. Não esqueço da tranquilidade daquela senhora que até ria dos ruídos.
Mas teve uma determinada hora da noite que nos acordamos com um grito mesmo!.
Sei que vi o dia amanhacer e não consegui pregar o olho.
No dia seguinte fui perguntar para a minha coordenadora se seria necessário mesmo dar plantões noturnos naquelo local, e para a minha sorte, disse que não.
Também nem comentei nada, com medo de que não acreditasse em mim, que não me compreendesse.
Tive duas visões, ouvi muitas coisas e me arrepiei a noite toda. Tinha sempre a impressão de que estávamos acompanhadas no dormitório.
De manhã cedo, umas 5:30 horas, com o dia clareando, a técnica me disse: "-Agora não tem mais problemas, vamos lá pra dentro". Fui ainda temerosa, mas fui, para não ficar sozinha.
Passei uma noite em claro, mas estou aqui para comprovar que fatos sobrenaturais existem mesmo!

sábado, 5 de dezembro de 2009

Ser como se é




Outro dia, uma colega médica me abordou, analisando-me as vestes e os acessórios e disse:"- Sinceramente, não sei qual é o teu estilo". Um outro colega, médico também, comentou com uma colega enfermeira que eu tinha um jeito diferente de me compor: tudo combina, mas tem equilíbrio ao ponto de não me passar despercebida e também não chegar a ser espalhafatosa.
Nooooossa! Não imaginava que me analisavam tanto assim!
As, geralmente, despeitadas e que se escondem no excesso de simplicidade, rotulam-me de perua. Há quem diga: "-Onde é a festa hoje?" Sempre respondo que é aqui e agora! A vida é uma festa. Eu não preciso de ocasião para me produzir.
Já acordo com vontade de partir para o "combinex".
A minha satisfação é a imagem que vejo no espelho, e nem sempre o conforto está em primeiro plano.
Já adquiri muitas adeptas do estilo que meus próprios colegas denominaram: FASHION.
Escuto que sou fashion há anos, que hoje acredito que é verdade.
Mas o que é isso? Se diz respeito a ousadia, inovação e estilo, sou fashion sim.
Amo saias ou calças com botas!E em se tratando de bota, tem que ser preferencialmente de cano longo, salto agulha e bico fino!
Uma boina, fácil fácil eu colocar.
Manha ousadia passa até por acessórios indianos e japoneses.
Vou me compondo de acordo com o meu estado de espírito aliado com o que possuo: não tenho jóias mas os acessórios e roupas/sapatos são bem numerosos.
Essa "onda" sobre o que está IN e OUT, não faz parte da minha maneira de ser. "Ah, não estão mais usando onçinha, a moda agora é descombinar as cores, misturar roupa de frio, com pesadas..." Comigo não, violão!
Sou uma mistura que eu mesma componho e dou gargalhadas de quem é escravo das tendências da moda.
Nem eu sei qual é o meu estilo. Acho que Josiparaense mesmo!
Mas, comportado tipo escritório, colegial e romântico, estou fora!
Pulseirinhas com miçangas microscópicas e poucas, anelzinho fininho, brinquinhos diminutos, batom cor de boca, tiarinha, URG!
Mulher tem que ser mulherão, daquelas que nem precisa fazer nada para perceberem que chegou!
Essa idéia de que uma mulher se veste para a outra, pode até ser. Mas me visto para mim mesma, isso eu garanto!
Se depois da produção eu estiver convicta que estou bem para me expor para o mundo, saio com o pé direito e aos passos firmes, sem necessariamente empinar o nariz - mesmo porque isso não tem nada a ver.
E quanto ao que pensam sobre como me visto e sou, sinceramente não me interessa. Sou como sou e esse modo de ser me mantém viva e feliz comigo mesma. Já me acostumei a conviver com os incomodados e os críticos, pois confio no meu taco.
Temos que ter personalidade forte e desacorrentar a nossa essência, o nosso modo de ser. Desse modo nos abstemos de sofrimentos certamente desnecessários!