quarta-feira, 29 de abril de 2009

Sobre Pressão Alta



Ontem assistimos uma palestra sobre a hipertensão arterial.
Esse assunto nos faz abrir um leque de idéias.
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Está cada vez mais difícil o ser humano que não tem casos de hipertensão na família.
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Temos percebido que muitos colegas de trabalho, em algum momento, apresentaram elevação nos níveis pressoriais. A causa é multifatorial, sabemos. Mas realmente, quem é da área da saúde, não raro se estressa, tem que trabalhar muito para ganhar razoavelmente bem, e não tem tempo para se cuidar, fazendo exercícios físicos regulares, comendo adequadamente e dormindo direito.
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Às vezes, também, "tomamos remédio para uma coisa, que mexe com outra", como por exemplo: tomamos um anticoncepcional ou um corticóide, que pode provocar o aumento no nível tensional.
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O fato é que é uma "doença democrática e por vezes silenciosa", ou seja, não escolhe idade, cor ou sexo e por vezes não dá sintoma algum!
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Existem dois tipos de tratamento, que é o medicamentoso e o que não o é (dieta e exercício).
O caso é que esses tratamentos precisam contar com a consciência e a perseverança de cada cliente, pois um ou outro, ou ambos precisam ser seguidos PARA O RESTO DA VIDA!
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Ouvi dizer que tem o chamado "paciente cíclico", que consegue manter seus níveis pressoriais aceitáveis quando emagrecem e fazem a atividade física contínua e adequada. Mas que depois "relaxam" e voltam para o fármaco. Depois se concientizam, e o médico retira o remédio, e assim vai.
A escolha é nossa!Tratamento medicamentoso ou não, mas TRATAMENTO SEMPRE!
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Em consulta de enfermagem, precisamos ser veementes ao orientar sobre essa afecção. Devemos ir logo diréto ao assunto: "Se você não se cuidar, pode ter um derrame, pode enfartar, pode ficar dependente de uma máquina de hemodiálise, ou até mesmo ficar cego. É o resultado da hipertensão mal tratada ou não cuidada, nos chamados órgãos alvo. Que tal?
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Ainda tem um agravante: técnica de verificação da pressão de forma inadequada!
Não existe essa questão de verificar a pressão com um aparelho manual sem o estetoscópio!Está com medo de adquirir otite, passe um algodão com álcool a 70%, por três vezes nas olivas!
Precisamos estar atentos aos técnicos e auxiliares de enfermagem que por ventura não estejam fazendo o procedimento correto. E mais, é necessário checar periodicamente o nosso esfigmomanômetro e o estetoscópio, para possível necessidade de substituição.
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É bom lembrar que existem os apartelhos manuais, os automáticos e os semi-automáticos, e que CADA UM TEM O SEU MODO DE SER UTILIZADO!
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Quem se ama se cuida, e quem ama cuidar, cuida de modo adequado!

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Sobre a INVEJA


Como disse Francisco Quevedo: " A inveja é assim tão magra e pálida porque morde e não come"
Corretíssimo!
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Ela pode se manifestar de diversas formas: crítica, ofensa, intriga, indiferença...
Incrível! Existem pessoas que levam isso tão a sério ao ponto de prejudicar o "beneficiado". Esse prejuízo pode se dar de várias formas: o invejoso pode denegrir a imagem da pessoa, prejudicar a mesma no local de trabalho, nas suas relações pessoais...pode causar males estares com as suas críticas...enfim.
Esse indivíduo, ao invés de reunir forças para se desenvolver, pára no tempo para viver a vida alheia. E seu prazer incomensurável é saber de algum tropeço dessa vítima. E se presenciar, pronto ganhou o dia! E quanto maior o tombo, melhor é!
Eu, heim...
Noto que existem pessoas que não têm brilho algum, que podem até ter potencialidades, mas são covardes e não seguem à diante, talvez por medo. E quem ousa e de alguma forma se beneficia com isso, incomoda. Mas incomoda muuuuuito mesmo. Principalmente se há evidências claras disso.
Na verdade, "A inveja de muitos anuncia o merecimento de alguns" (Marquês de Maricá), e se trata de uma forma lastimável de admiração.
Relembro que ela é um dos pecados capitais do cristianismo, e tem como simbologia um olho verde. Daí o chavão "verde de inveja".
É muito triste e por vezes degradante.
A alternativa é orar e ser inteligente, para fazer dela uma mola propulsora,um termômetro na vida. Quanto maior a inveja, é sinal de que melhor se está.
Um conselho:"Não grite sua felicidade tão alto, a inveja tem sono leve".
Temos que ter o cuidado em dividirmos, divulgarmos as nossas felicidades, pois com isso, poderemos nos prejudicar, pois, como diz o sábio filósofo Zéca Pimenteira, "tem muita gente de olho goooooooooooordo...". Verdade pura.

sexta-feira, 10 de abril de 2009

Relacionamento a dois


Coisinha difícil de escrever, viver e explicar...
Mas...para quem já teve algumas experiências, dá para arriscar algumas linhas despretensiosas.
Entre acertos e erros na vida amorosa, penso que, sem admiração e respeito,nem um relacionamento se desenvolve de maneira saudável. É lógico que por trás disso tudo o grande sustentáculo é o sentimento puro e verdadeiro: o amor. Falo de amor mesmo, e não daquele fogo passageiro da paixão.
Outro ponto importante é a capacidade de comunicação. Se quisermos conservar o relacionamento, precisamos saber conversar, e muito bem. Se o casal se gosta de fato e se os envolvidos se respeitam, só têm a ganhar com isso. A pior coisa é ficar remoendo mágoas, alimentando desconfianças, conservando incertezas...
Com tantos problemas que já enfrentamos no nosso dia a dia, adquirir mais um? Não!!!!Para quem se gosta e se julga inteligente, foge de relacionamentos doentios e causadores de inquietude.
Alguns estudos revelam que muitos casais brigam por questões financeiras. Isso acaba com qualquer amor, mesmo.
Na verdade, muitos dos conflitos são fruto de desequilíbrio de afeto (um gosta mais do que o outro)e/ou individualismos.
Pôxa, muito mais fácil ser leal e sincero: pronto, já não gosto mais como antes! Não é fácil, mas todos temos o direito de sermos felizes. Não deu certo, parte-se para outra.
E mais, só briga por dinheiro quem é mesquinho, egoísta ou quem não gosta do companheiro (a) de verdade. Precisamos saber dividir. Mulher trabalha tanto quanto homem, então? Vamos dividir, com bom senso, carinho, na base do diálogo...
Tudo é conversa, ternura, sinceridade, companheirismo.
O relacionamento a dois é uma verdadeira orquestra onde ambos precisam se ajudar a afinar o seu instrumento. Se a música oriunda da vivência do casal não estiver acariciando os tímpanos e causando sensações agradáveis, melhor acabar com o orquestração.
Algumas vezes, é melhor ficar só do que mal acompanhado; melhor o silêncio à uma sinfonia estridente e descompassada.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Pensando bem...


Só vivendo mesmo para aprender...
Há uns dez anos, quando eu fazia residência em enfermagem, deparei-me com uma situação que me foi muito proveitosa. Gosto muito de dividir esse "mico" com outros profissionais.
No auge da Sistematização da Assistência de Enfermagem, cá estava eu, admitindo um cliente e louca para diagnosticá-lo.
Há alguns anos ele teve osteossarcoma (tumor maligno que acomete osso), o que lhe causou a amputação da sua perna esquerda atá a altura do joelho. No coto de amputação surgiu-lhe uma pequena nodulação bem endurecida e indolor. Ele internou apenas para biopsiar o local para averiguar se não se tratava de uma metástase.
Pois bem, mas olhando-o de cara, com a minha santa ingenuidade de recém-formada, vi nas suas muletas um problema! Óóóhh... E lasquei-lhe o seguinte diagnóstico de enfermagem: "Mobilidade Física prejudicada relacionada à deficiência e ao uso de muletas...". Crente que eu estava abafando. Pois é, nada a ver. Na verdade ele se locomovia muito bem, e talvez até melhor do que eu que teho duas pernas. E ólha a prescrição de enfermagem: "auxiliar na deambulação, no banho, nos demais cuidados higiênicos"...enfim, um bando de "auxiliar" sem a mínima necessidade. E sabe quando eu percebi isso? Com o passar dos dias, vendo a desenvoltura do mesmo, que na verdade não tinha nem um diagnóstico de enfermagem e estava em autocuidado. Que vergonha...
Pois é. Se eu tivesse obeservado e conversado mais com o mesmo, não teria me equivocado redondamente.O raciocínio clínico foi inadequado porque caí no erro de tirar uma conclusão precipitada e super errada.
Mas valeu a lição.