segunda-feira, 5 de abril de 2010

Destino cruel

Um casal de médicos cardiologistas, conhecidos meus, deram um carro de presente a um filho de 18 anos. Foi devido ter passado em medicina.
Os pais estavam num outro estado, em plena semana santa, quando surgiu-lhes a notícia: um dos filhos sofrera um acidente. Não lhes repassaram a gravidade do caso.
Ao chagarem em Belém, a notícia chocante: o filho já estava morto!
Nossa...que situação. Não existe uma palavra que descreva a sensação desses pais ao receberam tal notícia.
Um presente, uma vida toda pela frente, a distância física dos pais, a prematuridade da morte...
Não adiantou conforto, renome e tão pouco saúde.
Pôxa, um carro para um rapaz, é um presente maravilhoso. Mas se mal utilizado...pode ser fatal, como foi, nesse caso.
Os pais, bastante trabalhadores por sinal, foram descansar fora do estado, pensando que deixaram suas crias a salvo...
Mas dizem que quando as coisas têm que acontecer, não adianta.
Era a hora dele mesmo. O que se precisa é de uma justificativa apenas.
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Uma enfermeira, colega nossa, que estava no SAMU, disse que o rapaz era muito, mas muito lindo. Que a sua face estava perfeita, mas que o seu dimídio (lado do corpo) esquerdo estava todo esmagado. Ele ainda estava consciente quando foi levado para o hospítal, mas...não teve jeito mesmo.
Cheguei a ver a foto dos três filhos do casal, no consultório da Ana, que por sinal é minha médica, da minha minha mãe e irmãos, além da metade do povo de Belém (lógico que é exageiro meu). Uma pessoa encantadora e profissional de "mão cheia".
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Agora estão investigando se não foi assalto, tentativa de sequestro, se o rapaz estava fazendo "péga"...se isso diminui a dor dos familiares, tudo bem. Mas a realidade é muito, mas muito dura: oVitor não volta mais. Nada o trará de volta para este plano.
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O que quero dizer é que, não tem presente, não tem viagem, não tem palavras e nem terapia que
tire essa dor que a família está sentindo, principalmente a da mãe.
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Para ver como é que é: os pais dão um duro danado, proporcionam conforto e justo o maior deles, o mais caro (o carro), cerceou a vida do filho.
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Desejo do fundo do meu coração que essa família entenda e aceite essa grande provação, com o passar do tempo. E que Deus ilumine as suas vidas, pois com ou sem este rapaz, o tempo não para, e a vida continua.
Sei que é fácil falar, mas é a pura realidade da vida.
Mas o bom de tudo isso é que esse agora ele está nas mãos da pessoa mais maravilhosa dessa mundo: Nosso Senhor Jesus Cristo.

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