Antônio Carlos Chalu Pacheco (ironia do destino)

Hoje é dia de luto para vários profissionais da área de saúde aqui em Belém, pois faleceu o inesquecível Antônio Carlos Chalu Pacheco.
Pessoa queridíssima e de personalidade marcante.

Baixinho de voz rouca, homem trabalhador e "remista" aos extremos.

Para quem o conheceu, viu o quanto ele ajudou muitas pessoas e o quanto tinha um senso de humor único - apesar da dureza das suas atividades, dentre as quais, amputação de pernas e braços.
Mas, infelizmente, morreu com a doença da sua própria especialidade: câncer!
Ele orientou muita gente sobre o que fazer e o que não fazer para evitar a doença. No entanto, conscientemente, não utilizou para si a própria sabedoria.

O tabaco foi um dos seus companheiros inseparáveis. Fumou até onde pode segurar a bagana.

Uma colega enfermeira, há tempos, filosofando, disse-me: "O homem fuma o cigarro e depois o cigarro fuma com o homem". Corretíssimo!

Praga! É isso mesmo.

Se o cigarro não existisse, o Chalu e muitas outras pessoas ainda não tinham partido.

Lamento muito o ocorrido. Esse homem ajudou muita gente e salvou muitas vidas. Já pegou até banho de sangue. Passou muitas noites trabalhando, sem dormir. E a gente, "a bom falar": - Antônio Carlos, pára um pouco...vai descansar...

Perda de tempo.

Enfim, agora é fato consumado. Ele não está mais entre a gente. Agora nos resta as recordações da sua bondade e irreverência.

Fique com Deus, maninho! Seu lugarzinho com certeza é aí no céu, pois foste um homem de verdade aqui na terra!