terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Dança

Toda mulher que sai para dançar, corre o risco de "fazer crochê", ou seja, de ficar sentada parada a noite toda, por não ter sido tirada por nem um homem.
E quem nunca fez um "crochezinho" que atire a primeira pedra!
Já passei por isso, claro, e é extremamente desagradável.
Até taxista sabe que, mulher que sai cedo da festa, com cara de descontentamento, arrumadinha tal qual como chegou, na certa está saindo com raiva por não ter sido tirada para dançar.
Pois bem. Às vezes as mulheres saem para um determinado local e se deparam com mais um bocado de mulher. Daí, pela lógica, ter muitas para poucos , é "crochê" para algumas, na certa!
Pela nossa cultura, é o homem que tira a mulher para dançar, pois o oposto "pega muito mal".
Mulher escolher e convidar homem para dançar, só em baile de "Maria cebola". Mas esse tipo de festa é incomum por aqui.
Fico analisando as situações. Tem lugar que não é falta de homem, não. É falta de iniciativa deles mesmo.
Tem festa que observo muito homem bebendo e sentado, para o descontentamento de muita mulher doida para dançar. Uma pena. Até que aparece uma bonitona e...um monte de homem cai em cima. Por mais que a mesma nem saiba dançar direito.
Homem é predominantemente "visual" mesmo...
Por outro lado, tem mulher que não tem quase nem um atrativo - aparente, e é bastante solicitada para a dança, e por vários. Isso enche as demais de inveja, o que se observa nitidamente nos olhares voltados para o casal a bailar.
O fato é que, mulher que sai para a nigth em lugar que tem dança, quer mais é bailar mesmo.
Sinceramente, eu me compadeço com as que "fazem crochê". Chego a chamar a atenção de quem está dançando comigo, mas nem todos gostam.
Tem homem que só dança com mulher que sabe, e outros, só dançam se a mulher for bonita (uma grande maioria), e de preferência jovem. Póde? Não deveria, mas acontece.
Por isso que observamos as "menos providas de beleza" e "juventude", acompanhadas de rapazes, que são dançarinos pagos para ficar com as mesmas. É um cachê recebido para a companhia. Também é dança garantida por toda noite.
Agora, o contrário, dificilmente se percebe: mulheres pagas para dançar com homens! Questão cultural mesmo.
Engraçado que, quando sou muito solicitada numa festa, sinto os olhares de inveja das que ficam sentadas. Por vezes são olhares de raiva. Penso o que deve passar pela cabeça delas: -Droga, essa mulher não pára. Eu hein? Tanto homem para uma só?
Pois é. Bem que eu queria que os homens convidassem à todas para bailar, pois eu também sei o que é passar a noite sentada, louca para dançar.
Às vezes chega a ser ilário: dois homens se dirigirem para convidar a mesma mulher para dançar. Disfarçadamente finjo que não vi o que chegou por segundo, e saio com o primeiro.
Também comigo não tem problema se o homem for baixinho, mal vestido ou feio. Caso for respeitador, souber dançar a não estiver bêbado ou fedorento, tudo bem. Não tenho porque me recusar.
O fato é que essa questão relacional que envolve a dança, tem uma série de peculiaridades.
O importante é nos mexermos, aproveitarmos a noite bailando, ao som de uma boa música ao vivo.

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