Na semana passada, num dos hospitais onde trabalho, boa parte dos funcionários ficou entristecida. Ficamos muito chocados e querendo entender como ocorreu a tragédia.
Um funcionário, muito alegre por sinal, e a sua esposa, também funcionária, foram mortos num trágico acidente na parada de ônibus perto da casa deles.
Foi uma coisa de louco. Um casal de técnicos de enfermagem.
Quando as coisas têm que ocorrer, não adianta que acontece mesmo.
Justo nesse dia ele não veio de carona com um colega de trabalho, como de costume. E justo nesse dia a sua esposa estava com ele e seu bebê de 28 dias, esparando juntos o transporte coletivo.
Foi o próprio Edinaldo que fez sinal para a van que lhe matou esmagado. Ele fez sinal para a morte, simplesmente.
Quem viu o ocorrido disse que a van cortou um ônibus pela frente, repentinamente, para pegar o rapaz. E o ônibus, por sua vez, não desacelerou. Conclusão, a van rolou no asfalto caindo bem encima do rapaz. Mas atingiu ainda sua esposa e a sua cunhada! A cunhada perdeu o bebê na hora (estava grávida de seis meses) e está muito grave numa UTI (ela que cuidava do bebê).
Milagrosamente deu tempo da mãe jogar o bebê na grama. Este, por sua vez, sobreviveu e teve apenas um pequeno ferimento na testa.
E ainda tem quem diga que Deus não existe.
O fato é que o que aconteceu foi trágico e deu um nó na cabeça de muita gente.
Eu fui uma, que senti muito e passei a repensar mais a minha vida.
Quantos planos possuímos na vida? Estamos fazendo por onde conseguir?
Será que estamos trabalhando para viver ou vivendo para o trabalho?
Tenho feito o que gosto? Tenho dado atenção a quem precisa e a quem merece?
Tenho feito caridade?
Tenho me cuidado?
É...precisamos pensar muito, e refletir bastante.Pois não precisamos ter idade avançada ou termos uma doença grave para partirmos desta para a outra.
Quando o dia chega, a pessoa parte mesmo, deixando na terra somente lembranças.
Ele tinha 42 anos, e ela, 31. Deixaram um bebê de 28 dias. Tinham acabado de reformar seu apartamentinho.
E...acabou! Eles não estão mais por aqui.
Que Deus abençoe a mãe da Shirley, que ficou com o bebê, mesmo tendo dificuldades financeiras e morando num interior.
Deus sabe o que faz e a gente não sabe o que diz.
Agora, vamos orar para que esses dois espíritos se conformem de que não pertencem mais a este plano, e que caminhem, sigam adiante, para o aperfeiçoamento espiritual de cada um.