"Um dia eu tava buiado, pensei em ir lá em baixo comprar uns tamatás. Mas tava o maior toró!
Tava numa murrinha, mas criei coragem, peguei o sacrabala e rasguei.
Cheguei tarde e só tinha peixe dispré. O maninho que estava vendendo, tinha uma teba de orelha. O fulêra espirrou bem em cima do tamatá do cara que tinha acabado de comprar, e no meu também.
Ficou tudo cheio de bustela...Axiiiiiii, porcaria! Não é potoca, não, é véro!
O dono do tamatá muquiou o “orelha-de-nós-todos”, mas malinou mesmo.
Saí dali e fui comer uma unha. Escolhi uma porruda!
Mas égua, quase levei o farelo . Depois me deu um piriri.
Também...perece léso, comprar unha no verópa.
Comprei uns mexilhões, um cupu e um pirarucu, muito fiiiiiirme. O ralado foi o pitiú dentro do ônibus.
Daí fui pra parada esperar o busão. Lá, tinha uma pipira varejeira, fazendo graça. E eu pensando com meus botões: Êêê..., essa já quer...
Mas, veio um Paar-Ceasa por acolá e ela entrou.
Fiquei na roça, levei o destempero.
Tédoidé? Pense num bonde lotado. Eu disse: éguaaaaaaaa, voimbora logo, que esse calor tá muito palha.
E uma velha estava quase despombalecendo, bem na minha venta, com a cara cheia de carapanã.
Daí o velho que tava com ela gritava: arreda aí menino pra senhora sentar aí nessa ilharga!
O menino falou: - Humm, tá, cheiroso. Tô na maior momó, pois empinei rabióla e curica o dia todo".
Esse é paraense mesmo....
Quem for paraense e não entender a maioria dos termos acima, ou "se acha", ou é paroara falsificado.
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Beijos cintilantes