segunda-feira, 29 de junho de 2009

Demerol e Michael

Incrível...foi preciso ele morrer para refletirmos mais sobre a íntima relação dos seres humanos com os fármacos.
Será que ele tinha a chamada "dor crônica"? Caso positivo, qual a causa? Seria o seu perfeccionismo que o levava à "auto-punição inconsciente" de horas à fio ensaiando? Ou ele estaria com câncer?
São perguntas que com o passar do tempo as respostas podem vir à tona.
Mas o fato é que o uso inadequado de medicamentos agora vai gerar muito muito mais discussões.
Nunca imaginei que ele teria chegado a fazer uma música em alusão ao "Demerol".
Gente, que absurdo! Ficou claro que ele tinha uma verdadeira adoração pela droga que, com certeza lhe deu muito alívio, muito parzer nessa vida...que culminou com a extinção da mesma!
E quantos já devem ter morrido pela mesma causa, no anonimato, e gerando a chamada subnotificação? O atestato de óbito vem com "parada cardiorrespiratória" ou "falência de multiplos órgãos", por exemplo. E na verdade o que estava por trás era uma bruta de um dependência farmacológica que culminou com uma superdosagem.
É, realmente... a diferença entre remédio e veneno é a dose...
Digamos que esse "TOC", talvez, trata-se de um vício lícito, não é? Pensando bem é isso mesmo.
A pessoa se droga com algo que não é proibido. Basta conseguir um receituário de duas vias ou um "chequinho" dado pelo médico.
O fato é que ele não volta mais, que essa perda é irremediável, e que precisamos com urgência fazer algo para que algumas medicações sejam utilizadas racionalmente, para não provocar mais danos aos seres humanos.
***
Ele sempre estará vivo no coração da humanidade. Foi único, sofreu muito, nos deu vários momentos de alegria e de prazer, assim como exemplos de vida.
Que Deus esteja contigo, Michael!
JCC

sexta-feira, 19 de junho de 2009

A falta que faz

Outro dia eu vinha num taxi de um conhecido, quando tocamos num assunto interessante: "será que quem tem muitos filhos, quando morre um, a falta que se sente é igual como se tivesse perdido o filho único?"
Eu tenho uma filha e ele um filho. No fundo, no fundo, parece que a falta não é tão grande, é menor.
Pode parecer que a dor é menor, pois pôxa, ainda se outros, não é? Tem gente que tem cinco, dez filhos...
Mas o caso é que esse taxista me relatou uma história que para ele foi inesquecível, e agora para mim também.
Um vizinho seu perdeu um dos seus 10 filhos (se não me falha a memória). Já se passara vários meses do ocorrido, e o pai do rapaz ainda chorava muito e andava triste pelos cantos.
O taxista, curioso, chegou com esse pai e perguntou: "Mas colega, essa perda ainda te faz ficar
assim? Mesmo com tudo isso de filho, a falta é tão grande assim?"
E ele respondeu: "Se tú perdesse um dos teus dedos, faria falta pra ti?"
O curioso pensou e respondeu prontamente:"Eras...faria sim..."
E o pai completou: "Pois é, eu perdi um dos meus dez dedos. Foi-se uma parte do meu corpo". E continuou a chorar...
Não precisa falar mais nada, não é?
Só sabe a dor quem passa pela situação.
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Conheço algumas mulheres que abortaram há anos, ou que perderam o filho ainda pequeno, e que até hoje sofrem. A gente pensa que não, mas a dor da perda de um filho é inesquecível. É uma dor sofrida e imperceptível aos outros.
Mas infelizmente a vida é essa. Às vezes é necessário tirar forças de onde não tem, mas uma coisa é certa:"Deus dá o frio, conforme o cobertor".
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OBS: na foto acima temos uma mulher nos EUA esperava seu 18º filho. Na foto, ela aparece grávida de seis semanas. Michelle Duggar deu a luz no Réveillon (2008 para 2009) a um bebê que veio a se somar a uma prole de sete irmãs e dez irmãos, entre eles dois gêmeos.
Michelle esteve grávida durante mais de 11 anos de sua vida e a família está no processo de filmagem de uma série do canal Discovery Health. Leia e veja mais no site:
http://health.discovery.com/convergence/duggars/duggarfamily.html

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Informática na Saúde

A informática em saúde foi lançada ao mundo entre as décadas de 60 e 70. Pelo tempo que passou, já era para ter sido incorporada pela quase totalidade de profissionais.
Aqui no meu micromundo, em Belém do Pará, ainda percebo muitos "analfabetos tecnológicos". Tem gente que nem sabe o que é "@"! Nossa!
Estou fazendo uma crítica de caráter construtivo. Não quero denegrir a imagem de ninguém. Pretendo sacudir mesmo alguns colegas de trabalho (de diversas categorias).
Como ganharmos tempo e trabalharmos de modo atual se não há adesão total dos profissionais? Já pensou se de uma hora para a outra o hospital adquirir soft ware para a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE)? Como aprender informática de uma hora para outra?
A equipe de enfermagem, além de ter conhecimento sobre a SAE, precisa também dominar a linguagem computacional! O mundo diz isso! São as nossas ferramentas de trabalho. Sem isso, somos carpinteiros sem martelo e sem serrote!
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Agora, a gente quer passar por meio virtual alguma matéria dada em aula, e ainda tem gente que vem atrás de apostila! Pelo amor de Deus! Vamos nos acordar!
Conheço muita gente que não fez curso algum e tem mais intimidade com computador do que eu!
O que é isso? É inteligência, interesse, vontade de melhorar, e de se atualisar.
Não podemos ficar sentados comodamente esperando que os coordenadores das instituições nos peguem pelo braço para irmos atrás desse conhecimento, não!
E tem hospital que fomenta essa capacitação, mas ainda tem quem faça vistas grossas. Que pena...
Enfermagem é atualização e iniciativa!
Vale um conselho: "grude" em quem sabe muito, faça por si, para que no futuro não fique chorando pelo leite derramado.
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"Se você tiver vontade, acha oportunidade e se dá bem de verdade!"
Josianne Corrêa Cardoso